Alexandre O’Neill

  02 dez. 2024 | 09:00 - 31 dez. 2024 | 19:00
  Biblioteca Pública Municipal de Gaia


Literatura

 

Autor do Mês BPMG | dezembro '24

 

Alexandre O’Neill (Lisboa, 19 de dezembro de 1924 – Lisboa, 21 de agosto de 1986) importante poeta do movimento surrealista português.

De seu nome completo Alexandre Manuel Vahia de Castro O'Neill de Bulhões, frequentou a Escola Náutica e acabou seguindo a carreira de publicitário, de cuja atividade não raro contrabandeou para a poesia, com o maior à-vontade e não menor eficiência, técnicas várias onde se destaca, por exemplo, a economia do texto. E o contrário também foi verdadeiro, pois slogans há de sua autoria que, na memória do grande público, ficaram muito para além do tempo e do motivo da criação devido à arte poética que os enforma.
Em 1947, fundou, com António Pedro, Mário Cesariny de Vasconcelos, José Augusto França e alguns outros, o Grupo Surrealista de Lisboa, de que se acabará desligando, desencantado, mas não deixando nunca de ser de alguma forma refém dessa sua primeira experiência que lhe proporcionou a estreia com o poema gráfico A Ampola Milagrosa (1948).
Em 1951, já afastado daquele movimento mas a cuja experiência ainda então se refere, publica a primeira coletânea de poemas, Tempo de Fantasmas, a que se seguiriam dez outras, a última das quais no ano da sua morte, bem como dois volumes de narrativas.
(…)

Anti literário militante (e desfazedor das artes poéticas costumeiras), mas poeta de vanguarda, não desdenha como tal piscar o olho a um Cesário Verde, ao seguir-lhe certos meios de qualificar e demonstrar, ou mesmo a outros poetas habitualmente menos influentes.
(…)
Alexandre O’ Neill colaborou na década de sessenta nos suplementos literários «Vida Literária», do Diário de Lisboa e «Cultura e Arte» de O Comércio do Porto, e dirigiu com Palma-Ferreira e Carlos Ferreira a revista Critério (1975-1976). Tem ainda colaboração poética dispersa, entre outros, pelos seguintes jornais e revistas literárias: Litoral (1944-45), Mundo Literário (1946-48), Unicórnio (1951), Pentacórnio (1956), Europa (1957), Diálogo (1957-58), Notícias do Bloqueio (1957-1962), Cadernos do Meio-Dia (1958), Cronos (1965-1970), Silex, de cujo conselho de leitura fazia parte (1980), e Jornal dos Poetas e Trovadores (1983).
Adaptado de: Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. V, Lisboa, 1998

A Biblioteca Pública Municipal de Gaia está aberta ao público de segunda-feira a sábado, das 9h00 às 19h00.
Mais informações através do e-mail [email protected] ou Tlf. 223 745 670.

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