Autor do Mês BPMG | fevereiro '25
01 fev. 2025 | 09:00 - 28 fev. 2025 | 19:00
A Biblioteca Pública Municipal de Gaia está aberta ao público de segunda-feira a sábado, das 9h00 às 19h00.
Mais informações através do e-mail [email protected] ou Tlf. 223 745 670.
Luiz Pacheco, no centenário do seu nascimento.
Luiz José Machado Gomes Guerreiro Pacheco (Lisboa, 7 de maio de 1925 — Montijo, 5 de janeiro de 2008) foi escritor, editor, epistológrafo e crítico de literatura.
Luiz José Machado Gomes Guerreiro Pacheco nasceu a 7 de maio de 1925, em Lisboa, no nº 91 da rua D. Estefânea. Frequentou o Liceu Camões e a Faculdade de Letras de Lisboa, nunca tendo concluído o curso de Filologia Românica. De 1946 a 1959 foi funcionário da Inspeção dos Espetáculos. Da sua extensa e irregular colaboração em jornais e revistas, iniciada em O Globo e em Afinidades, figuram títulos como Seara Nova, Norte Desportivo, Jornal de Notícias, Diário Ilustrado, Jornal de Letras e Artes, Notícia, Diário Popular, Diário Económico e Público, entre outros. Em 1946 publicou História Antiga e Conhecida, (…), e em 1950 criou Contraponto, a editora de Cadernos de Critica e Arte e de escritores portugueses como Mário Cesariny de Vasconcelos, António Maria Lisboa, Manuel de Lima, Carlos Wallenstein, Vergílio Ferreira, Herberto Hélder e Natália Correia. Publicou ainda diversas traduções, entre as quais merece destaque a primeira versão, em português, de um livro de Marquês de Sade: Diálogo entre um Padre e um Moribundo.
(…) Em 1966, a editora Ulisseia publicou-lhe o primeiro livro, Critica de Circunstância, (…) apreendido pela PIDE. Ainda nesse ano, e a convite de Fernando Ribeiro de Mello, das edições Afrodite, escreveu um prefácio à tradução portuguesa de La Philosophie dans le Boudoir, do Marques de Sade, livro também apreendido e os seus responsáveis levados a tribunal.
(…) A década de 1970 e o início da seguinte correspondem a um período de luta contra o álcool, o que, porém, não lhe impediu a colaboração na imprensa, como está documentado em Textos de Guerrilha I e II (1979 e 1981) e Textos de Barro (1984), livros que reúnem boa parte dessa atividade.
Nos últimos anos foram publicados Memorando, Mirabolando (1995), Cartas na Mesa, (correspondência, 1996), O Uivo do Coiote (livro de entrevistas, 1996), Prazo de Validade (crónicas do Público, 1998), Isto de Estar Vivo (seleção de crónicas do Diário Económico, 2000), Uma Admirável Droga (2001), Mano Forte (correspondência com António José Forte, 2002), Raio de Luar (2003) e Figuras, Figurantes e Figurões (2004).
Adaptado de : Pacheco, Luís. 1925-2008 - Diário remendado 1971-1975 / Luiz Pacheco. - 1ª ed, . Lisboa : Dom Quixote, 2005, p. 283-284